segunda-feira, 21 de maio de 2007

(hiper)TENSÃO


O meu amigo, quase que de longa data é hipertenso. Ele deve ter seus, sei lá, 23 anos? Espero que seja isso. Enfim, o cara só ouve música alternativa das boas, escreve sobre orgias com os músicos e escritores que se instalam em seu quarto, bebe exageradamente e fuma cigarros mentolados. Ah! O Léo também faz coisas que o deixam meio inseguros quanto a sua sanidade. Ele, ineditamente sendo um erudito, gosta de IRA!. Eu também gosto, adoro. Mas é que eu não sou erudita. E no resumo deste descendente de japonês, aparece de repente uma hipertensão, seguida da tensão da Stella.
Ah sim, a Stella é uma erudita também (embora Lapada na Rachada, Risca Faca e outros as vezes componham seu repertório) e ela, assim como o Léo, não tem uma vida muito regrada ou saudável. É adepta de costumes a la Tia Marlene (ela fuma enquanto cozinha, por exemplo) e se veste com uma originalidade que chega a ser chique. Enfim, ela, que está tensa por conta da morte, digo, da hipertensão do Léo e quer que o Léo tenha uma vida saudável para que dure mais uns 500 anos (ela é exagerada também).
Nesses momentos, assim como ela, eu volto de um transe que me faz ignorar a morte. Passo então a pensar nela como alguém muito próxima e que quer ainda mais. Eu prefiro realmente não pensar nisto. Prefiro que a vida seja curta, como a vida das borboletas – que a Stella gosta tanto – que voam pelos lugares bonitos e mostram suas asas coloridas do que uma vida centenária, como a das tartarugas – que eu gosto tanto – que carregam peso demais nas costas e são lentas, com um aspecto sempre condenado.
Mas entre tartarugas e borboletas eu desejo que o Léo viva, com sua erudição, seus mentolados, suas cervejas e martinis e com sua (in)sanidade por quanto tempo for necessário, no tempo em que ele ainda seja capaz de sorrir nas madrugadas geladas do sudoeste ou do convidativo verão na Ilha do Mel, que por mais que eu não conheça, a vejo refletida nos olhos pequenos e quase fechados do Léo, o hipertenso Léo.

4 comentários:

Leonardo Silveira Handa disse...

IHAHIAihihaIHIAHIHAIHAIHAIH. Muito bom! Minha insanidade ficou hipertensa. Adorei...

Beijos

Leonardo Silveira Handa disse...

Ah, esqueci, você me deixou mais novo em seu texto, pois tenho 25.
AHIHIAhiihHIAHIIHAIHAAIHih

Obrigado

Martica disse...

É, o Léo não pode morrer.
Vamos fazer uma campanha?
"Imortalidade ao Leonardo Handa"

Por favor!!!
O que seria da humnidade sem esse japinhamaisinteligentedomundomundial????

Unknown disse...

oba!
campanha pela imortalização do Leo!