quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Noites

A lua se despede,
sem mais cervejas, cigarros ou beijos
ela vai embora,
porque passou da hora,
e ficam a espera do sol, os bêbados prateados.
Um sol que invade a memória falha,
a cabeça pesada,
algum sofrimento que ficou.
E a hora de recomeçar,
com sobriedade,
a duras penas pensar, agir e sorrir.
Da noite, apenas sobrou um resto na garrafa,
o cheiro de lua que sai pelos poros,
a água que fica na boca
do beijo que se quis.

Um comentário:

Leonardo Silveira Handa disse...

A noite é a melhor companheira, não há como negar. Sobretudo adetivada a esses elementos poéticos escritos por ti.
Parafraseando Gullart ou seria outro ex-presidente: Vejo a noite porque ela é paisagem, se você líquida, beba-la-ia.
Beijos saudosos