quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Precisão


Eu não quero me despedir da tua manha,

da tua farsa,

da tua caixinha de risos.

Não quero me desprender dos teus dedos,

das tuas mãos,

da tua teia de falsas emoções.

Mas eu preciso te deixar, ou, deixo de mim.

Eu preciso não mais te sufocar, vou me sufocar só.

Eu devo entender, me convencer,

me matar, sei lá.

E eu devo, muito mais do que quero,

tirar esse teu cheiro de tudo.






Um comentário:

Leonardo Silveira Handa disse...

Interpretações várias vieram quando eu li esse texto. Associei-o com a sua vida, mas vi outros personagens ali dentro de cada frase. E isso que é o bacana da poesia, você poder interpretar, dar voz a um personagem seu ou de outros. De toda a forma, é lindo! Por mais que alguém queira se matar, nesse caso, ou largar de tudo um amor.
bj