quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Ao Barzotto

Abaixo o orgulho
Enfim, seus olhos outra vez.
O perdi no caminho,
aprontei,
sofri sem você, pode acreditar.
O desdenhei,
fiz uma coletânea de todos os seus defeitos -
os que são de fato e os que inventei.
Bradei ódio e orgulho
enquanto sentia falta de como nos compreendemos
de como precisamos apenas nos olhar.
Tive medo do nunca mais você comigo
tantas vezes desviei o olhar – pra você não me entender
e perceber que era só da gente que eu precisava.
Corri da vontade de abraçar você e só aceitei isso,
quando num sono curto nos abraçamos outra vez.
No fundo eu até gosto das suas fúrias,
do seu relaxo com as coisas que eu me preocupo.
Eu só gosto de enxergar você em algum lugar,
saber que está perto,
saber que estamos perto.

Nenhum comentário: