quarta-feira, 7 de abril de 2010

Relicário

Tenho lido Martha Medeiros. Hoje mesmo tomei a ilustre atitude de ouvir Jimi Hendrix depois que vi um filme sobre a vida dele na minha TV por assinatura. Sim! Eu tenho uma TV por assinatura não tem nenhum mês e ainda estou descobrindo as maravilhas disso. Resolvi também ler algumas matérias de capa da Rolling Stone, coincidentemente a última sobre Hendrix e uma anterior, do Pedro BBBial. Neste exato momento, ainda aqui na redação da emissora, Cássia Eller canta 1º de Julho ao pé do ouvido.
A verdade é que tenho resgatado sutilmente algumas delícias juvenis, algumas inéditas, algumas esquecidas como essa, por exemplo, de escrever sem um bel motivo... Apenas um blábláblá pseudo-sei-lá-o-quê.
Na minha adolescência de Ensino Médio, para mim eterno Segundo Grau – porque eu sempre sonhei em chegar ao segundo grau e não ao ensino médio – eu ouvia muito o CD Acústico MTV da Cássia Eller com um esquisito pudor de apreciá-la sabendo que ela era lésbica. É, lésbica. Anos mais tarde me veio a revelação de tal esquisitice, como se o CD – aquele – fosse tal qual uma psicografia dela para mim.
Tem tanta coisa que a gente vai perdendo pelo caminho que tenho medo de não lembrar de coisas muito mais deliciosas que estas, que me aparecem na parte frontal da cabeça agora.

Um comentário:

Patricia Castagna disse...

inveja de sua TV por assinatura! rs...
Poxa, é verdade, äs vezes me vêm essas lembranças pela mente, como de um sonho lindo, um sonho antigo que foi bom. É tão bom. existem momentos que precisamos preencher um vazio.