sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Vinho velho

É tão grande dentro de mim,
que quando está, toma conta
e se não, a tua ausência ocupa tudo.
Em qualquer lugar que passa,
dali não sai nunca mais.
É perfume francês que fica na pele o tempo todo,
é o vinho velho da minha vida – sempre melhor.
Mergulho no silêncio e ouço seu riso,
na escuridão da solidão vejo seu rosto de olhos pequenos
mais fechados na gargalhada,
e atentos a mim.
Sem você falta uma graça,
um brilho.
Eu, então: sombra.
Sombra, lembra?
É bonito...
“sombra é a ausência de luz”
é bonito...

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